Leia na íntegra o relato do João Paulo Philippi Isidro estudante salesiano do segundo ano do pós noviciado em Campo Grande no estado de Mato Grosso.

"Falar de vocação sempre é uma grande alegria. É um dom falar de outro dom. Deus chama cada pessoa para participar do seu plano de amor, chama a viver em plenitude aquilo que Ele mesmo plantou em cada coração, e creio eu que não foi diferente comigo.

Desde criança eu sentia o chamado de Deus, e várias vezes me esforcei por viver de acordo com ele. Mas a vida é cheia de surpresas, e Deus na liberdade que dá a seus filhos permitiu que eu esquecesse e vivesse diferentes experiências. Nunca deixei de ir na missa, nem de me afastar ou de respeitar as coisas de Deus, mas não tinha vida de oração, nem uma verdadeira relação com Jesus Cristo.

Fiz engenharia civil e, no meio dela, Deus me foi me fisgando de volta. Comecei a buscar a vida cristã, a vida de oração e descobri uma alegria que nunca tinha encontrado. O Senhor Jesus foi apresentando situações na minha vida para eu ficar em meio aos jovens, especialmente nas redes sociais. Ali fui percebendo que Deus me chamava para dar minha vida aos jovens, embora não soubesse onde ou como. Com o tempo ele foi apresentado aos Salesianos, aos quais eu conhecia desde criança, mas não tinha pensado ainda em adentrar ou conhecer mais deles. 

Fui aprofundado, conhecendo cada vez mais coisas sobre os salesianos, quis fugir da vocação, uma coisa que brinco que normalmente é sinal de vocação, mas Deus me venceu, me convenceu e descobri aquele que era o desejo mais profundo do meu coração, pode ser sinal e portador do amor de Deus para os jovens, especialmente os mais pobres.

As constituições falam da vocação pessoal de cada salesiano como o caminho para sua plena realização em Cristo, e verdadeiramente vejo isso acontecendo em minha vida. Encontro nas constituições as descrições dos desejos profundos do meu coração, como que Cristo é nossa ciência mais eminente e a alegria mais profunda de nosso coração apresentar aos outros seus inefáveis mistérios, de que a bondade tão recomendada por Dom Bosco é que o salesiano tenha em seu coração um amor profundo de pai, irmão, e amigo, a presença materna de Maria que nos acompanha em todas nossas ações e principalmente a presença de Deus que nos acompanha e nos chama a estar sempre junto dele, porque sem Ele, nada podemos fazer.

Ser chamado a vida religiosa é uma graça, um dom de Deus, uma honra que definitivamente não sou digno, mas que é o próprio Senhor Jesus Cristo que chama, e me convidou a participar desse estado de vida que busca imita-lo e viver a radicalidade da Santidade.

Sou grato a Deus pela minha vida, e sou extremamente grato a Deus pelo chamado a ser Salesiano, as experiências que Ele me chamou a fazer e viver, e de ser seu instrumento em suas amáveis mãos."

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