Ao longo da nossa história, Deus nos presenteia com pessoas especiais, com quem aprendemos grandes lições de vida. Na vida de Dom Bosco, não foi diferente. Deus colocou vários jovens em seu caminho, o que lhe possibilitou ser pai, mestre e amigo.

Neste pequeno texto, quero falar de São Domingos Sávio, um jovem muito especial que entrou na vida de Dom Bosco no dia 29 de outubro de 1854.

Domingos Sávio foi exemplo de muitas virtudes. Seus ensinamentos são atuais e nos ajudam a viver melhor o chamado à santidade. Posto isso, convido-os a interiorizarmos e a vivermos duas virtudes desse grande amigo do Pai e Mestre da Juventude:

Silêncio – Domingos Sávio sabia o momento de brincar, de fazer barulho nos jogos com seus amigos do Oratório, e tinha ciência, também, do momento certo para silenciar. Ele procurou ensinar aos seus amigos, sobretudo por meio da Companhia da Imaculada, que o silêncio, muitas vezes, deve se fazer presente, a fim de que possamos nos conectar com Deus e conosco mesmos.

Nos dias atuais, o silêncio se torna algo escasso e, por vezes, difícil de ser concretizado. A todo momento, estamos cercados de barulhos internos e externos, corremos mediante tudo e todos, os sistemas nos dizem que devemos, rotineiramente, produzir algo, fazer alguma coisa. Ficar sem fazer nada e tirar um tempo para silenciar é visto por muitos como perda de tempo. Portanto, saibamos cultivar o silêncio, pois, quanto mais vazios estamos por dentro, mais barulho fazemos por fora.  

Acolhimento – Como oratoriano de Dom Bosco, Domingos Sávio soube acolher o chamado de Deus, que o convidava a acolher os jovens e ser sinal do amor divino na vida deles. Não pense que esse chamado foi mágico como em um conto de fadas. Deus não age na magia, mas na nossa realidade, como foi na realidade de Sávio. Domingos aprendeu que, para acolher seus amigos, ele precisava primeiro se acolher e se amar. Assim foi quando chegou ao Oratório.  Entregou-se nas mãos de Dom Bosco, procurando se conhecer e se moldar para ser uma pessoa melhor. Por isso, que possamos, a cada dia, acolher-nos; é difícil demais acolher o outro quando não nos acolhemos. Ame suas fraquezas, suas qualidades, ame seu corpo, cuide dele, ame seus dons e os coloque a serviço, ame suas dores psíquicas e procure ajuda. E lembre-se: acolher é um ato divino.

Domingos Sávio nos ensina que é preciso de silêncio e de acolhimento para vivermos bem e entendermos a vontade de Deus; caso contrário, ao final da vida, não entenderemos o seu verdadeiro sentido por estarmos ocupados demais, fazendo barulho demais e acolhendo de menos.

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