Salesiano Campos firma parcerias com Uniflu e FMC para oferecer vivência universitária a alunos do Novo Ensino Médio.

Itinerários formativos possibilitam que estudantes tenham aulas das disciplinas tradicionais e aprofundamento em áreas com foco profissional

 

Criado pelo Ministério da Educação (MEC) como uma forma de aproximar os estudantes da formação técnica e profissional, considerando as habilidades e competências previstas e com foco em determinadas áreas de conhecimento, o novo Ensino Médio começará a ser implementado em 2022 pelo Instituto Dom Bosco - Colégio Salesiano, com o programa i9+ (Inove mais). Deforma pioneira, foram firmadas parcerias com o Centro Universitário Fluminense(Uniflu) e a Faculdade de Medicina de Campos (FMC), proporcionando aos seus alunos o acesso a experiências universitárias desde a primeira série do ensino médio. Até 2024, o programa será expandido também para as turmas de segunda e terceira séries. As matrículas para o próximo ano estão abertas.

 

— A gente precisa entender que a educação tem que sair do tradicional, daquilo que agente chama de “caixinha”. Nós precisamos levar aos jovens, hoje, um ambiente mais adequado ao que eles vivem e procurar mostrar, também, o que é o futuro deles. Então, quando a gente agrega a imagem do Salesiano aos parceiros acadêmicos e propõe que os alunos tenham uma vivência profissional nesses espaços, a gente está criando uma visão muito próxima da realidade que ele está prestes a escolher, que é a profissão dele — afirma o diretor do Salesiano ,Arthur Chrispino. — Com isso, você tira o aluno do seu ambiente escolar, que ele já vem frequentando há muitos anos, e coloca num ambiente inovador, capaz de ajudar a vislumbrar um futuro mais promissor para ele — complementa.

 

De acordo com o supervisor pedagógico, professor Guto Verçosa, a ideia do novo Ensino Médio é continuar trabalhando com os alunos todas as competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas de forma mais lúdica e prática, que poderá ser percebida já na estruturação da carga horária, com 40% voltados às disciplinas tradicionais da Formação Geral Básica (FGB) e o restante focado em atividades interdisciplinares.

 

— O aluno tem a opção, agora, de trabalhar esses outros 60% do conteúdo por área de conhecimento. Ele poderá escolher em que área do conhecimento irá permear os seus estudos.  Hoje, a gente trabalha comum itinerário mais voltado para a saúde, na área de ciências de um modo geral e matemática, que é o itinerário “Cuidar de mim e do planeta é cuidar de todos nós”. E há também um itinerário mais voltado para a área de linguagens e ciências humanas, intitulado “A mente empreendedora e suas relações: Da problematização à solução” — explica Guto Verçosa. — Na FGB, o aluno estuda matemática, português, língua inglesa também, física, biologia... E aí, ele vai optar sequer seguir pelo itinerário formativo na área de ciências, com disciplinas voltadas para a área da saúde, para a área do meio ambiente, ou pelo itinerário formativo voltado à área de linguagens, em que a gente vai estar trabalhando disciplinas como empreendedorismo, mídias digitais, jornalismo, produção cultural, literatura, etc — detalha.

 

Semanalmente, a turma de primeira série do ensino médio terá aulas em laboratórios do Uniflu ou da FMC, dependendo do itinerário formativo escolhido.

 

— Temos a compreensão de que os alunos do ensino médio do Salesiano usufruirão de uma ambiência inspiradora para a compreensão da necessidade de uma preparação acadêmica eficiente e qualificada, que os leve a um futuro profissional de destaque. Essa vivência com nossos acadêmicos contribuirá fortemente para que esses jovens tenham uma transição mais confortável, pois sabemos que é um período em que eles enfrentam múltiplas exigências e inúmeros desafios na esfera pessoal, social, acadêmica e vocacional — comenta o diretor da FMC, Edilbert Pellegrini. 

 

— Dois importantes laboratórios multidisciplinares serão totalmente disponibilizados para os alunos do Salesiano, oportunizando aos jovens o mesmo tratamento de experiência cognitiva dos acadêmicos da FMC. Esses espaços englobam as disciplinas de fisiologia, farmacologia, química, toxologia, bioquímica ,biofísica e ciências farmacêuticas. São laboratórios bem equipados, que possibilitarão um desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dos alunos do Salesiano, que terão uma vivência de aprendizado num ambiente universitário acolhedor, dinâmico e comprometido com a ciência médica — acrescenta Edilbert.

 

No Uniflu, estudantes que optarem pelo itinerário formativo voltado às linguagens e ciências humanas poderão ter conhecimentos ligados às áreas de letras, comunicação social, marketing, fotografia e outras.

 

— O MEC estruturou uma nova política educacional para o ensino médio, com metodologias parecidas com uma graduação, estabelecendo uma organização curricular mais flexível, funcionando como um primeiro contato com o ensino superior. As salas de aula e os laboratórios dos cursos do Uniflu estarão sendo utilizados pelo Colégio Salesiano para que os discentes possam aprofundar conhecimentos específicos que vão agregar e são importantes para o futuro profissional que cada um escolher. São os projetos de práticas, os itinerários formativos e eletivos, trabalhados juntos em nossas instituições. O Colégio Salesiano e o Uniflu se integram para oferecer ao educando uma nova visão profissional — destaca a reitora do centro universitário parceiro, Inês Ururahy.

 

Além de alunos do ensino médio do próprio Salesiano, o novo ensino médio permite quesejam contemplados nos itinerários formativos estudantes oriundos de outras instituições.

 

— Agora, o Ensino Médio do Educando será constituído por duas partes: a parte comum de Formação Geral, e o itinerário formativo de seu interesse. A legislação, inclusive, permite que o aluno as faça em escolas diferentes, ou seja, a FGB numa instituição e o itinerário formativo de seu interesse em outro — ressalta Guto Verçosa.

 

Na visão da orientadora educacional do Salesiano, Maria de Fátima Dias, esta será uma oportunidade de os estudantes se tornarem protagonistas no processo de aprendizagem.

 

— O objetivo é que o aluno tenha mais oportunidades de conhecer aspectos diversificados da profissão e optar de acordo com seu interesse e afinidade. Ele pode começar em um itinerário e, ao término do módulo, pedir para frequentar outra área oferecida. São alunos novos, da primeira série, ainda sem tanta definição, maturidade para escolher. Isso vai evitar o que acontece com um aluno que, muitas vezes, começa uma faculdade e depois vê que não é aquilo que ele quer, aí vai procurar outra área de conhecimento. Um dos objetivos é esse: direcionar o aluno dentro de tudo o que ele vai poder experimentar, para que possa fazer uma escolha melhor, mais acertada — enfatiza Fátima.

 

— Os alunos vão ter que caminhar de forma mais independente, porque são protagonistas. O professor vai orientar, mas eles vão fazer as suas opções, vão colocar a mão na massa do que tem que ser feito. Nesse período de pandemia, muitos desanimaram. A vantagem é que, nessa idade, o aluno ainda não tem muita perda. Então, ele chega na primeira série do Ensino Médio, com 15, 16 anos, tendo capacidade de recuperar a rotina de estudos e produzir com as propostas diversificadas. A própria escola já tem um plano B para amparar esse aluno que não conseguiu caminhar tão bem nesse período de pandemia — finaliza a orientadora.

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