As semanas de debates, diálogo e, sobretudo, discernimento pessoal e coletivo, para ouvir o Espírito Santo alcançaram seu ápice significativo na manhã de sexta-feira, 11 de abril de 2025. Os salesianos que participaram do CG29 concluíram de maneira notável sua experiência de "cenáculo" na Santa Missa celebrada no Altar da Cátedra, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Reitor-Mor, P. Fábio Attard, seguida pela Profissão de Fé perante o Túmulo do Primeiro Vigário de Cristo – Pedro - , e passando pela Porta Santa, para receber a Bênção do Jubileu.

Vindos de ônibus das várias casas salesianas que os hospedam nestes últimos dias ainda do Evento Capitular, os cerca de 230 SDB se reuniram pela manhã ensolarada, na Praça de São Pedro, a fim de preparar-se proximamente para a solene concelebração.

Uma Eucaristia que, na véspera do encerramento oficial e definitivo da Assembleia capitular, permitiu ao Reitor-Mor recordar a seus irmãos o significado profundo de sua Fé, ponto de partida para que sejam autenticamente "apaixonados por Jesus Cristo, dedicados aos jovens".

Referindo-se às páginas do Evangelho dos últimos dias, o XI Sucessor de Dom Bosco observou: "A mensagem de Jesus, que não é feita de palavras e ‘ideias nas nuvens’, mas de entrega total de si, suscita diferentes reações (...): desde a rejeição total da sua mensagem até a curiosidade sadia e curativa de quem está em busca de sentido e verdade".

“E nós, pessoas consagradas, realmente acreditamos que Jesus é o Filho de Deus a ponto de nos deixarmos perturbar? Os nossos jovens, quando estão conosco no cotidiano da vida, em nossas casas, e nos vários processos e propostas pastorais, percebem, ou não, aquele húmus que dá sentido à nossa escolha, ou seja, a de seguir Jesus, o Filho de Deus que se fez homem por nós? Em outras palavras, o fato de sermos Salesianos de Dom Bosco com e para os jovens, tem a força de semear perguntas saudáveis e curiosas sobre o porquê da nossa vida e, consequentemente, sobre o porquê da vida deles?".

Por meio de rica avaliação sociológica, disse o P. Attard que, na sociedade contemporânea globalizada, «a rejeição religiosa e espiritual, frequentemente, não é uma decisão consciente e planejada, mas um estado de coisas considerado 'normal'». Cabe às pessoas consagradas oferecer um testemunho que instigue e impulsione a direções de significado.

E, citando o teólogo Henri de Lubac, sugeriu dois exemplos de testemunho cristão autêntico, cativante, confiável: o martírio extremo, não almejado, mas frequentemente vivenciado pelos salesianos em suas realidades mais missionárias; e o testemunho silencioso e humilde, "que frequentemente marca as nossas presenças". O testemunho é fornecido por cristãos que "não questionam se a sua Fé é 'adequada' ou 'eficaz' ", mas que "se satisfazem em viver a Fé como a realidade mais verdadeira e sempre presente". Eles evitam que a terra se transforme num inferno através de suas vidas; e produzem "frutos maravilhosos".

O dia dos Capitulares prosseguiu como planejado: em torno do P. Attard, XI Sucessor de Dom Bosco, para renovar o compromisso de servir fielmente aos jovens; a Cristo; a seu Vigário na terra; ao Magistério da Igreja do passado, presente e futuro.

Tão logo se reordenou o grande grupo de Peregrinos Salesianos de Dom Bosco em vero grupo ordenado, as dezenas e dezenas de Capitulares puderam repetir o antigo, sempre novo e vivificante gesto de passar pela Porta Santa da Basílica, mergulhando sempre mais no clima de Graça que o Jubileu da Esperança – e, ao estilo salesiano, também o CG29 – pretende difundir.

Mantendo vivo o espírito de fraternidade que caracterizou os dias do CG29 em Turim, os Capitulares aproveitaram o restante da linda manhã para continuar a admirar a beleza histórica, artística e espiritual da Urbe Eterna, em grupos menores ou maiores, confluindo ao depois, em sua maioria, ao pátio da Sede Central Salesiana, em Termini.

Fonte:ANS

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