Neste mês de março somos convidados a rezar pelos pelos jovens e pelos Salesianos da Ucrânia que arriscam a vida pelo bem dos outros.
Caros amigos,
A nossa Congregação das “Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora”, comumente chamadas de Irmãs de Maria Imaculada (SMI), foi fundada em 12 de dezembro de 1948 por Dom Louis LaRavoire Morrow, SDB, em Krishnagar, Bengala Ocidental, Índia. O seu objetivo é a evangelização e a catequese através de visitas domiciliares e apostolado nos vilarejos.
Nosso lema é “Amar a Deus e ajudar os outros a amar a Deus”, e nosso carisma espiritual é a “Experiência Abbá” de Jesus segundo a Pequena Via de Infância Espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus. O “Apos-tolado dos Sorrisos” é uma virtude única que o Fundador viveu e nos transmitiu como meio de levar todos a Cristo. Seguimos os princípios do Sistema Preventivo de São João Bosco na vida e na missão.
Desejo o melhor a todos os leitores do boletim Cagliero11.
▀ Ir. Jane Nadackal SMI (Sisters of Mary Immaculate) Superiora Geral
Que futuro para a Europa Salesiana?
Pode parecer quase normal hoje perguntar: “Que futuro terá a vida salesiana na Europa?” Uso “salesiano” em sentido amplo, querendo incluir todos os grupos da nossa Família. Imerso numa atmosfera de profundo secularismo, onde a religião parece estar cada vez mais relegada às escolhas pessoais e à esfera privada; em meio a uma crise de vocações tanto para a vida consagrada, mas também para as escolhas do compromisso cristão leigo... para onde vamos?
Com base na minha experiência pessoal, gostaria de dizer que vejo raios de luz no futuro. Em primeiro lugar, na Espanha, no norte da Bélgica, na Itália, no Reino Unido (só para dar alguns exemplos), cresce o número de leigos e leigas que são corresponsáveis com os consagrados pela missão que nos foi confiada por Deus. Muitos deles já são membros da Família Salesiana e outros podem ser definidos como “Amigos de Dom Bosco”. O carisma e a espiritualidade de São João Bosco atraem muito e inspiram muitos a se colocarem a serviço das crianças, adolescentes e jovens mais necessitados. Vejo belas e estimulantes iniciativas de colaboração entre SDB e FMA, especialmente em nível inspetorial, no campo da Pastoral Juvenil e Vocacional, com experiências profundas de acompanhamento personalizado dos jovens para ajudá-los a fazer uma escolha de compromisso, também no âmbito social e político.
Finalmente, encontro jovens irmãos muito sérios e entusiasmados. Homens de oração, que acreditam profundamente no “sacramento da presença” ao lado dos jovens confiados aos seus cuidados, procurando também com criatividade aqueles que estão longe. Entre eles, quero sublinhar a presença entusiasmante de um bom número de jovens missionários SDB que fazem parte do Projeto Europa – um dos projetos missionários mais complexos da história da Congregação Salesiana. A sua presença em diversas inspetorias europeias sublinha o desejo de reacender a espiritualidade salesiana nesta Europa que parece ter-se tornado fria, gélida, em relação à Igreja, incluindo também a perspectiva de reiniciar a proposta da vocação à vida consagrada salesiana autóctone. Não são, portanto, soluções provisórias, mas um estímulo ao crescimento e ao entusiasmo vocacional.
Que futuro salesiano para a Europa? Um futuro ainda distante, mas certamente rico de perspectivas de vida e de alegria.
▀ Pe. Gianni Rolandi SDB – Visitador ad nutum
OS SALESIANOS DA UCRÂNIA ESTÃO PRÓXIMOS DO POVO
Caro Volodymyr, como você vê a atual presença salesiana na Ucrânia, onde ainda há guerra? É possível fazer algo também com os jovens?
A vida na Ucrânia, com os alarmes e mísseis que chegam todos os dias e com a corrida para se proteger, é muito difícil. Como salesianos procuramos estar próximos especialmente dos jovens, dos pobres e dos refugiados. Nossos sacerdotes chegam perto de zonas de combate levando alimentos e remédios aos pobres. Eles ficam perto dos nossos jovens soldados que lutam na frente e também oferecem a ajuda psicológica necessária. Apesar da situação difícil, continuamos com as escolas, com as atividades desportivas, os oratórios e as paróquias. Claro, com muita atenção à segurança.
O que você pensa da ajuda que os salesianos prestam aos ucranianos nos vários países onde estão?
Os salesianos ucranianos não podem ajudar os seus compatriotas que fugiram para o estrangeiro. Como homens, não podem sair do país devido a obrigações militares. Estamos gratos porque os salesianos de todo o mundo os ajudam muito – oferecendo casas, dando alimentos, ajudando de todas as maneiras possíveis.
Consegue ver algo de positivo da sua experiência na atual situação ucraniana?
O lado positivo da experiência que temos na Ucrânia é o fato de as pessoas estarem unidas, ajudarem-se mutuamente, são sensíveis com aquele que está em dificuldade. Posso dizer que nos adaptamos à situação, superamos os primeiros meses mais difíceis da guerra e aos poucos conseguimos voltar a viver “normalmente”, mesmo que a guerra continue.
Fonte: SDB.org