O entendimento da potência das palavras nas perguntas “O que ele tem?” e o “Quem ele é?” é norteador para o processo de inclusão nas escolas – e na vida ao nosso redor. As palavras têm o poder de marcar e categorizar, mas, por outro lado, elas também descrevem as singularidades que nos tornam especiais.
Ontem, 25/04, os Colégios Salesianos de Niterói - Santa Rosa e Região Oceânica - promoveram uma formação acerca do tema de inclusão para a Equipe Pedagógica, que atua diretamente na gestão do aprendizado do aluno e na condução do trabalho docente. A convidada, Nira Kaufman, é mestre em Psicologia e é professora do curso de extensão da PUC-Rio “Inclusão e Mediação Escolar: estratégias de inserção na escola”.
A especialista abordou acerca dos recursos e estratégias que os profissionais têm como experiência para o planejamento individualizado. Além disso, potencializou o discurso de que precisamos desmitificar o “especialista” ou “profissional” de inclusão. A sensibilização é necessária para que todo e qualquer educador – equipe técnica e/ou docência - seja capaz de criar condições para que os alunos se desenvolvam e, para isso, faz-se necessário a sintonia com as famílias, na construção de laços e mediação de expectativas.
Durante a Roda de Conversa, os educadores salesianos trocaram suas percepções, dúvidas e experiências, no que diz respeito aos processos avaliativos, adaptações, intervenções, gerenciamento de crises, PEIs, legislações, atendimentos terapêuticos, o amparo ao professor, entre outros assuntos relevantes para a formação contínua dos profissionais e para corroborar com o trabalho que já é desenvolvido pelas escolas.
Os Colégios Salesianos, norteados pelos ensinamentos de Dom Bosco, educam a partir de uma pedagogia acolhedora. Nas escolas, os educadores são instruídos a enxergar os estudantes de forma única e exclusiva, para que eles possam florescer por meio das suas potencialidades – diminuindo suas barreiras e aumentando sua segurança enquanto seus humanos capazes de lidar com os próprios desafios e vitórias.
Os processos de inclusão não seguem diretrizes exatas, não há uma cartilha a ser acompanhada. Afinal, estamos lidamos diariamente com pessoas – com características comuns ou diferentes – e isso é um desafio para todos. Não é uma prática exclusiva para pedagogos, psicólogos ou terapeutas. A inclusão é uma questão de compromisso social com a particularidade do outro.
Os Colégios Salesianos de Niterói assumem o compromisso da reinvenção diária, da busca por novas alternativas e a ânsia infinita pelas possibilidades ainda não exploradas. Com a parceria dos profissionais da área da saúde e a confiança das famílias em um trabalho sólido e consistente, continuaremos em frequente formação e conscientização por uma educação anticapacitista.