Conheci a missão de Dom Bosco em um oratório salesiano. No oratório salesiano, aprendi que Cristo era a verdadeira força motriz da vida de Dom Bosco. Que a Virgem Auxiliadora o precedeu e o guiou em todos os momentos. Que o amor de Deus é sempre demonstrado na busca de viver a vida com os jovens, de estar presente neles. Que a oração do salesiano na capela se torna, depois, contemplação no pátio, junto aos jovens, para que eles descubram o Cristo que está no tabernáculo das igrejas.
Entendi que Dom Bosco, "pai da amorevolezza", não nasceu gentil e doce, mas colérico, e precisou de toda a sua vida para canalizar e formar aquela energia vital que o tornava apaixonado pela doação aos jovens. Que a educação só vem do coração!
No oratório salesiano, descobri que os jovens não eram apenas destinatários do amor de Dom Bosco, mas que eles devem se sentir amados. Quem é amado, ama por sua vez. Que os jovens são protagonistas na vida, nos grupos juvenis, no voluntariado e na descoberta e resposta de sua vocação pessoal. Que o salesiano acompanha e está sempre perto dos leigos e dos jovens, habitando na cultura juvenil e não nos escritórios.
No oratório salesiano, entendi que, para os salesianos consagrados e leigos(as), “a casa” e “o pátio” são “espaços” essenciais da missão salesiana e se tornam espiritualidade, pedagogia, e a vida se converte em projeto.
No oratório, escutei pela primeira vez esse diálogo de um jovem irmão que foi encarregado por P. Miguel Rua, primeiro sucessor de Dom Bosco, de abrir um novo oratório. Às objeções do clérigo, que lamentava a ausência de toda estrutura e instrumentos, P. Rua respondeu: “Vai, porque o oratório está dentro de você”.
A missão salesiana, para nós salesianos, é, antes de tudo, uma paixão: aquela paixão educativo-pastoral que cada salesiano traz no coração.